Golden Temple

Golden Temple
Golden Temple - Amritsar - Índia

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Jardim

Carrossel de cidadãos
Repleto de infinitas vozes
A maioria vinda do anonimato
Registrado nos nublados
Livros da alegria

Insólito carrossel
Infinitamente próximo
De um pedaço de vida
Dos ermos cidadãos
Abscônditos

Carrossel da razão
Que permeia sobre as ondas
Da calmaria artificial
Vivenciada entre as flores
Do lúdico jardim da vida

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Amor

Por amor
Ela calou
Chorou
Sofreu
Absorveu a dor

Por amor
Ela fatigou
Pestanejou
Sonhou
Quase partiu

Por amor
Ela beijou
Acariciou
Deitou-se
E amou

terça-feira, 28 de junho de 2011

A luz

Um pedaço de lua
Refletiu sobre a escada dos sonhos;
Os degraus de ilusões
Foram acariciados
Pela luz lunar

A luz lunar
Também adentrou
Nos quartos vazios do futuro
Espiou os singelos cômodos do presente
E iluminou o casebre

A luz lunar
Fez-se presente no anoitecer
Entre os ousados pacos
Fatigados pela ousadia
Do litoral colorido

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Eu mesmo

Seu rosto é o meu
Seu corpo é o meu
Sua alma é a minha
Sua mente é a minha
Seu sonho é o meu
Sua paixão sou eu
Seu amor é o meu

Deitei-me com ela
E nos amamos loucamente

domingo, 26 de junho de 2011

O sol

A janela da vida
Abriu-se por um momento
Para a reflexão
Que envolveu pares, ímpares
Sensíveis e aludidos,
O sol raiou no portão

sábado, 25 de junho de 2011

Vidas

Seu rosto me chamou para um sorriso
Juntos, choramos de emoção

Puro encontro de vidas unidas
Pelo crédulo da paixão

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Face

A face disfarça
O enlace facial
Que envolve a
Falseta do falsete
E reflete no
Farsante

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O sonho

Tive um sonho azul
Que acalmou meu ser;
A vida foi repartida
E os anéis verdes
Proclamaram o amor
Entre as duas cores

Sorrisos apaixonados
Invadiram minha face
Murmúrios de paixão
Brotaram no peito
E deixaram expostos
Signos de luz e vida

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A lua

A lua de aço desapareceu
Em pleno céu azul,
Invadido por nuvens de mel
E por estrelas cintilantes

O espaço foi investigado
Pelos eternos sorrisos
E olhares transcedentais
Que nada encontraram

Gnomos subiram ao topo da serra
Andaram pelas estradas lunares
Nada descobriram no ar
Impossível catástrofe de dizeres

E por um momento ela reapareceu
Durante a discussão filosofal
Que envolveu estrelas, ar e nuvens
O luar encantou os catacegos

terça-feira, 21 de junho de 2011

O vento

A alma estava disposta
A falar com as pétalas
Da sensibilidade
Para aletrnar a direção
Do vento do amor
Para o mítico sudeste asiático
Das eternas armadilhas
Repletas de emoções e sensações

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A estrela

Ao adentrar no infinito
Terreno das ideias
O silêncio invadiu sua boca
E sensibilizou seu corpo
Pronto para amar

O coração apoderou-se
Dos sentimentos e ignorou
A morte que estava à espera
De um deslize da mórbida
Aventura do viver e do sofrer

Reinou o amor que sucumbiu
À intenção do sofrimento
E animou a flor da paixão
Ao penetrar na estrela
Da doce sedução e do prazer

domingo, 19 de junho de 2011

A lamúria

A imagem da lamúria
Apareceu na sua mente
E a fez viajar pelo
Deserto da solidão

Um deserto ora deserdado
Pela união dos sonhos
Capciosos que reina
No universo da ilusão

A viagem segue,
Atravessa as paineiras
Migradas do eterno sonho
E chega ao finito riso

Neste momento
Sua mente entende
O papel da lamúria
Em sua vida

Ao perceber este fato
A mente expulsa
A ignóbil lamúria
Que a nada leva

sábado, 18 de junho de 2011

Funil da ilusão

Usa a imaginação para pensar
Em algo que imagine ser o irreal
E iluda a sua mente no repensar
Ao vigorar no presente, no atual

O sonho participa dessa arte
Ao iludir o subconsciente na noite
Na madrugada que vem de marte
Da dourada e cintilante pernoite

O sonho, a ilusão e a imaginação
Estão juntos para repercutir,
Trabalhar unidos na sensação

Da visualização de imagens mil
Que podem fazer chorar ou sorrir
Conforme a tal largura do funil

Passado e futuro

Ele não tem passado, nem futuro
Vive só o presente e nem pressente
Que isso pode lhe faltar na mente
Quando for um sujeito maduro

Por enquanto vive no marasmo
Sem se importar com nada, caduco
Pode até ser difuso ou real maluco
E o futuro deve lhe deixar pasmo

Hoje, isso não deixa de ser uma surpresa
Ao residir na sua subconsciência
Não preparada para a clareza

Pestaneja num túnel irreal, sem fim
Curte a sua livre e solta demência
E aguarda o amanhã ao ler um pasquim

sexta-feira, 17 de junho de 2011

De onde pra onde

Ele foi do lugar nenhum pro nada
Em cima duma camada de vento
Desatento, ignorou o curtimento
E demorou para ver a rajada

As nuvens passaram ao seu lado
Assim como migraram estrelas
Como se fossem em passarelas
Criadas em um céu super azulado

A caminhada durou um dia e uma noite
Suou, cansou, quase desabou ao andar
Entre o norte e sul e de leste a oeste

Finalmente chegou no amanhecer
E, depois do horizonte cruzar,
Lá se estabeleceu até o dia anoitecer