Golden Temple

Golden Temple
Golden Temple - Amritsar - Índia

domingo, 11 de dezembro de 2011

Boteco

Bar Brahma
Pura nostalgia!
Passado e presente
Noturna fantasia
Chopp e violão
Show com acordeão
Bom lugar para terapia

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Aonde vou parar?

Aonde vou parar?
Quero ir até o fim
Não aguento mais essa dor
Que se apoderou de mim
Meu corpo está inerte
Eu me encontro flerte
Ouço a voz do muezim

Preciso voltar a ser um fausto
Para isso vou trabalhar minha mente
Pois sou um legítimo filho do sol
E não posso continuar flente
Muito menos um leteu
Só de pensar meu corpo gemeu
Estou na coluna da frente

Afinal escrevo muitas lendas
E poesias, repletas de fantasias
Minha mente tem de estar legal
E não repleta de atrofias
Sou vítima de um afetador
Que também é um blefador
Pois diz que vai curar minhas afesias

sábado, 19 de novembro de 2011

E agora...

Caminho só pela estrada do silêncio
Procuro pelas trevas ardilosas
Preciso me ver no espelho da vida
Para entrar na eternidade do paraíso

Minha memória treme de saudade
Da bolha de cristal que ilumina o tudo
Foi absorvida por um ser dissoluto
Que vive nas coxias do teatro da história

Ando agora pelo beco do sempre
À procura da alma esperançosa
Que está confinada na beleza da loucura
E a aguarda nas trevas do murmúrio

Sigo em frente, ultrapasso o abismo da morte
Encontro alguns restos de sorte nos confins
E ao cruzar a esquina da floresta de gemidos
Driblo o especula indiscreto e fugido

Fito finalmente a fada da ilusão e o faceiro
Meus olhos brilham de emoção e alegria
Ao ver o encantado lugar paradisíaco
Finalmente entro no paraíso do sempre

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Versos Reversos

Ao procurar o tempo
Encontrei a fechadura
Do inexorável destino
Estou realizado, pensei
Mas ao tentar abrir
Percebi que o futuro
Tinha discutido com
O sonho dos sonhos

O pesadelo que tinha sumido
Apareceu de novo e disse:
Não darei a chave
Da vida para ninguém
A ilusão entrou em ação
E procurou pela emoção
Mas o clima estava
Na penumbra da cor

Neste momento
O coração do poeta
Inquieto brotou em
Lágrimas de mel
Pois além de perder
A poesia, afastou-se
Para sempre dos
Versos reversos

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Espero por mim

Espero por mim há muito tempo
Desde quando nasci no Grande ABC
A partir dessa data me procuro
Pelas escolas e universidades nuas
Nas páginas dos livros que não foram publicados
Nos calendários sem dias e meses

Espero por mim há muito tempo
Desde que o sol não nasceu
E a lua não se pôs atrás dos prédios
Vago pelas calçadas vazias
Percorro bares, boates, restaurantes dispersos
E nas coxias dos cinemas e teatros sem ninguém

Espero por mim há muito tempo
No sorriso sem graça
Na lágrima que não caiu
Na emoção que não existiu
Na paixão que morreu
Na ilusão de falar comigo

Espero por mim há muito tempo
Nas ondas da praia do Tombo
Nas montanhas dos Himalaias
Nas cavernas milenares de Galápagos
Nas trilhas Incas em Machu Picchu
Nas geleiras da Antártica

Espero por mim há muito tempo
No trânsito caótico de São Paulo
Nas esquinas envolvidas com viciados
Nos cruzamentos puídos
Nas ruas e avenidas congestionadas
Nos metrôs e ônibus lotados

Espero por mim há muito tempo
Nas nuvens
Nas estrelas
Nos oceanos
Nos vales
Nas flores

Espero por mim há muito tempo
Na caneta sem tinta
No papel sem linhas
No lápis sem grafite
No computador sem memória
No relógio sem ponteiros

Espero por mim há muito tempo
No filme sem roteiro
Na peça de teatro sem atores
Na novela sem capítulos
No jornal sem notícias
Na história sem personagens

Espero por mim há muito tempo
Na estrada da vida
No degrau da escada do amor
Na janela da compaixão
No muro soberbo da consciência
No trabalho sobernal

Espero por mim há muito tempo
Ontem, hoje, amanhã
Na semana, no mês, no ano
Na artimanha da manhã
No singelo entardecer
Ou até eu me esquecer

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O eterno

A eternidade
Está ligada
Aos olhos do passado
Às esquinas das saudades

A eternidade
Está ligada
Aos olhos do presente
Às esquinas das decisões

A eternidade
Está ligada
Aos olhos do futuro
Às esquinas das promessas

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A nuvem

Roubou um beijo
E desapareceu
Aproveitou o ensejo
E a conheceu

Voltou noutro dia
E tentou de novo
Aí descobriu que era uma nuvem
Repleta de flores

Deu de cara com a beleza
E a chamou de princesa

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A erupção

A erupção de emoções
Aconteceu de repente
Invadiu solitários corações
Comoveu muita gente

Provocou novas sensações
Com pitadas de humor
E em várias nações
Se fez presente o amor

Cidadãos acariciados
Por todos os lados

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O espelho

Tu és o espelho do amor
Que reflete nas almas
Ora elãs ora clãs
Aparentas calma
Suavidade, fraternidade
Eternidade, dignidade
Tu és a alma do amor

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Lágrimas

As lágrimas de cristal
Derramaram na hora da despedida
Pois seu coração estava de partida
E queria levar a sua alma
Mais lágrimas caíram
E seu corpo evaporou-se

Houve um momento de indecisão
O coração pestanejou, refletiu
Mas não mudou de opinião
Pois estava muito puído
E queria ser um potentado
Trocar a pocilga pelo mundo

Partiu de mãos dadas com a alma
Juntos rumaram para o além
Passaram pelo horizonte
Pararam defronte ao infinito
Num momento esporádico
E viram que era tudo uma holografia

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A Herança

O sereno do passado
Largou o amor isolado
E a mim foi deixada
A herança de um coração
Que viveu no limbo
Sofreu com a paixão
E foi ofuscado pela
Leveza da alma

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

É Cedo

É cedo para sofrer
Porque a vida não vai acabar
É cedo para chorar
Porque o mar não vai secar
É cedo para morrer
Porque o céu não vai quebrar
Aproveite e viva a vida
Agora pode sorrir


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O Bar

Entrei no bar e pedi uma grapette
O homem disse: o quê? Repete
Então pedi uma gini
Ele resmungou o quê? Mini?
Tentei por fim uma tubaína
Se virou e disse: concubina?
Só me sobrou pedir uma água
Ele tagarelou: sem gelo ou gelada?

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Fronteira

Ultrapassei a fronteira
Estou em outro país
Em outro espaço
Em outro clima
Em outros braços

Ultrapassei a fronteira
Estou a esmo
Em outro tempo
Com outro idioma
Nova paisagem

Ultrapassei a fronteira
Estou no desconhecido
No meio do nevoeiro
Sou atrevido
Gosto do desafio

Ultrapassei a fronteira
Parei de esperar
Comecei a andar parado
E falar sem dizer nada
Fechei a porta

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A trilha

Na trilha do nunca
Encontrou um gnomo
Medroso e silencioso
Juntos partiram
Em direção ao poente

Na trilha do sempre
Encontrou um vidente
Perspicaz e inteligente
Juntos partiram
Em direção ao lado de lá

Na trilha do acaso
Buscou, buscou, buscou
Mas nada encontrou
Partiu só
Em direção ao tudo

Na trilha do ar
Encontrou uma nave
Que voava, voava...
Voou com ela
Em direção ao céu azul

Na trilha do mar
Encontrou uma jangada
Que navegava
Navegou com ela
Em direção ao horizonte

Na trilha do luar
Encontrou com as estrelas
Que brilhavam
Brilhou com elas
Em direção ao cosmos

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A Curva

Ele andou pelo
Caminho do sonho
Para desviar
Da curva do pesadelo

Encontrou com o
Pensamento colorido
Falou com o sorriso
De vidro

Na despedida, reparou que
Alguns pedaços de nuvens
O acompanhavam
E derramavam lágrimas

De pura comoção azul

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Amor, humor


Uma fração de humor
Pairou sobre a conversa dos dois
Reinou o sorriso
E fabulosas piadas

Ambos regozijavam
Até que a canícula
Resolveu cindir a discussão
E passou a falar de amor

O ardoroso cidadão
Gaguejou, balbuciou
Pensou, pensou, pensou...
E voltou a falar de humor

A tosca decisão
Causou a irritação na cidadã
Que optou por chorar
E a ele, ignorar

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Jardim

Carrossel de cidadãos
Repleto de infinitas vozes
A maioria vinda do anonimato
Registrado nos nublados
Livros da alegria

Insólito carrossel
Infinitamente próximo
De um pedaço de vida
Dos ermos cidadãos
Abscônditos

Carrossel da razão
Que permeia sobre as ondas
Da calmaria artificial
Vivenciada entre as flores
Do lúdico jardim da vida

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O sonho

Tive um sonho azul
Que acalorou meu ser;
A vida foi repartida
E os anéis verdes
Proclamaram o amor
Entre as duas cores

Sorrisos apaixonados
Invadiram minha face
Murmúrios de paixão
Brotaram no peito
E deixaram expostos
Signos de luz e vida

domingo, 2 de outubro de 2011

Eu mesmo

Seu rosto é o meu
Seu corpo é o meu
Sua alma é a minha
Sua mente é a minha
Seu sonho é o meu
Sua paixão sou eu
Seu amor é o meu
Deitei-me com ela
E nos amamos loucamente

sábado, 1 de outubro de 2011

A Luz

Um pedaço da lua
Refletiu sobre a escada dos sonhos
Os degraus de ilusões
Foram acariciados
Pela luz lunar

A luz lunar
Também adentrou
Nos quartos do futuro
Espiou os singelos cômodos do presente
E iluminou o casebre

A luz lunar
Fez-se presente no anoitecer
Entre os ousados pacos
Fatigados pela ousadia
Do litoral colorido

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Vidas

Seu rosto me chamou para um sorriso
Juntos, choramos de emoção

Puro encontro de vidas unidas
Pelo crédulo da paixão

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Face

A face disfarça
O enlace facial
Que envolve a
Falseta do falsete
E reflete no
Farsante

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O Vento

A alma estava disposta
A falar com as pétalas
Da sensibilidade
Para alternar a direção
Do vento do amor
Para o mítico sudeste asiático
Das eternas armadilhas
Repletas de emoções e sensações

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Estrelas

Roubaram as estrelas do céu
E as colocaram no mar
O céu ficou como um chapéu sem cabeça
E o mar passou a brilhar dia e noite
Ninguém sabe como aconteceu
Mas o vatídico previu

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Os passos

Ela marcou seus passos
Com laços e traços
om sua tatuagem ainda no braço
Sem nenhum desembaraço

Ao perceber que ele
Seguia rumo ao céu
Ela reparou nas nuvens
Antes do anoitecer da manhã

Ao nascer do sol à noite
Os passos ficaram mais claros e nítidos
Neste instante o vento
Aterrissou em pelas nuvens minguantes

O tempo perdeu sua noção
O mesmo aconteceu com seu coração
Que passou a vibrar
Com a perda dos passos do amor

Desesperada, pediu ajuda os anjos
Que prontamente a atenderam
E passaram a procurar os passos
Mas ainda estavam embaraçados

Depois de vasta investigação
Descobriram rastros do amor
A caminho do céu azul, perto da
Avenida onde passa o arco-íris