Golden Temple

Golden Temple
Golden Temple - Amritsar - Índia

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A fronteira

Ultrapassei a fronteira
Estou em outro país
Em outro espaço
Em outro clima
Em outros braços

Ultrapassei a fronteira
Estou a esmo
Em outro tempo
Com outro idioma
Nova pasisagem

Ultrapassei a fronteira
Estou no desconhecido
No meio do nevoeiro
Sou atrevido
Gosto do desafio

Ultrapassei a fronteira
Parei de esperar
Comecei a andar parado
E falar sem dizer nada
Fechei a porta

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Quando?

A poeira do futuro
Adentrou a porta do passado
O presente foi ironizado

As pétalas do passado
Invadiram a janela do presente
O futuro foi eternizado

As gotas do presente
Invadiram a casa do futuro
O passado foi esquecido

domingo, 17 de julho de 2011

Poesia

O fim do começo da poesia
Estava no meio da citação
Quando o lápis fugiu
Foi como uma anestesia

Ao driblar o não
Espalhei o sim pelo ar
Pedi conselhos para o mar de ideias
Que manifestou sua emoção

Ao negociar com a caneta
O lápis retornou da excursão
As palavras voltaram a ser escritas
E a poesia finalmente reinou

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Onde ir?

Por um instante
A cor do ar se alterou
O opaco ficou transparente
O feio ficou lindo
O meio ficou inteiro
A esperança retornou
O pássaro voou
Repleto de prazer

As nuvens desceram
Para a terra
As ondas do mar
Foram para o céu
As estrelas
Ficaram perdidas
Não sabiam
Para onde seguir

De repente
Tudo se alterou
Ninguém sabia
Para onde ir
Reinou a indecisão
Pairou a aflição
Surgiu a preocupação, o que fazer:
Caminhar no céu, no mar, nas nuvens...
Ou andar no nada!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Sentimentos

Certo dia optou por brincar com palavras
Escreveu poemas, sonetos e textos,
Todos rimados, sem pretextos.
Quando reparou, tinha criado lavras.

Em outra ocasião decidiu amar.
Distribuiu sorrisos e canduras
Pensou até em pessoas puras.
Ouviu vários nãos e preferiu parar.

Retornou às palavras sinceras e amigas
Mesmo com várias fadigas,
É melhor do que ser repudiada.

Este fato a fez repensar na tal vida.
Deparou com uma realidade refreada
Ao mexer fundo com seus sentimentos.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Eu tenho....

Eu tenho muitas coisas
Para te contar:
Sem seu carinho
É impossível ser feliz

Eu tenho muitas coisas
Para te contar:
Acordar sem te olhar
É no tempo voltar

Eu tenho muitas coisas
Para te contar:
Estou emocionado
Amo-te de paixão

Eu tenho muitas coisas
Para te contar... ...

domingo, 10 de julho de 2011

A história

A memória esqueceu
Da sua própria história
E quebrou o espelho
Da recordação

Tentou falar com a
Consciência
Mas houve um eco
Na comunicação

Ciente da situação
Buscou o inconsciente
Que se negou a
Recordar o passado

sábado, 9 de julho de 2011

Amor

Na mente fértil,
No coração exilado,
Na alma isolada,
Nas cordas do violão,
Na mesa de bar,
No olhar sentimental,
No falar emocional,
No responder sim,
No pensar pensativo.

No céu lilás,
Nas ondas do mar,
No nascer do sol,
No vento colorido,
Na ilusão da paixão,
No fraternal abraço,
no carinho da mão,
Na noite de lua cheia,
Na cama do prazer.

Afinal, onde é feito o amor?
Será que sou eu que o faço?

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Onde ir

Por um instante
A cor do ar se alterou
O opaco ficou transparente
O feio ficou lindo
O meio ficou inteiro
A esperança retornou
O pássaro voou
Repleto de prazer

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Beira do mar

Ignorou a beira do mar
E lançou-se sobre mim
Jogou seu coração angustiado
E atirou o amor decepcionado
Com a agonia do infrator
Que delatou quem era o dono do humor


Ignorou a beira do mar
Lançou conchas e estrelas sobre mim,
Jogou pedaços de mar
Metade de uma ilha de paz
Estava fora de si
Brigou com o delator


Continuou a ignorar a beira do mar,
Mas neste momento surgiu o dono do humor
Que a acalmou e a fez sorrir
O cupido passou e lançou uma flecha de amor
A ela coube voltar no tempo
Beijar-me, acariciar-me e amar-me

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Somos nossos

Eu sou seu, tu és minha. Somos nossos
Cavamos em nossos corações, poços
Criamos em nossas mentes o poder de ser
E usamos em todo nascer, o amanhecer

Somos cúmplices, amantes, casal, par
Não esquecemos do amor, do acariciar
Tenho você em todos meus sonhos
Tu sonhas comigo nos teus sonos

O nosso amor nos une, nos aconchega
Permite que nós vivamos em paz
Com as flores que a natureza entrega

Anoitecer, amanhecer, juntos
A união é nossa missão, é eficaz, capaz
Somos nossos, eternos adjuntos

terça-feira, 5 de julho de 2011

Trupe

Os anjos passaram
Pela rota das estrelas
E pela rodovia lunar
Estavam com seus parcos ares
Diante do finito horizonte

Depois de vários sussurros
Eles driblaram a angústia
Ignoraram o desafeto
Entre o sim e o vazio
Em plena pele do amanhecer

Desfocaram os espelhos
Das paisagens aeradas
Sem nunca saber da proeza e
seguiram pelas rotas lunares
Até a lassidão tomar conta da trupe

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Enigma

Calma, paciência...
O interior falará
Com o exterior
Sobre a porta;
O enigma será decifrado!

domingo, 3 de julho de 2011

A Trilha

Na trilha do nunca
Encontrou um gnomo
Medroso e silencioso
Juntos partiram
Em direção ao poente

Na trilha do sempre
Encontrou um vidente
Perspicaz e inteligente
Juntos partiram
Em direção ao lado de lá

Na trilha do acaso
Buscou, buscou, buscou
Mas nada encontrou
Partiu só
Em direção ao tudo

Na trilha do ar
Encontrou uma nave
Que voava, voava...
Voou com ela
Em direção ao céu azul

Na trilha do mar
Encontrou uma jangada
Que navegava
Navegou com ela
Em direção ao horizonte

Na trilha do luar
Encontrou com as estrelas
Que brilhavam
Brilhou com elas
Em direção ao cosmos

sábado, 2 de julho de 2011

A curva

Ele andou pelo
Caminho do sonho
Para desviar
Da curva do pesadelo

Encontrou com o
Pensamento colorido
Falou com o sorriso
De vidro

Na despedida, reparou que
Alguns pedaços de nuvens
O acompanhavam
E derramavam lágrimas

De pura emoção azul

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Amor, humor

Uma fração de humor
Pairou sobre a conversa dos dois
Reinou o sorriso
E fabulosas piadas

Ambos regozijavam
Até que a canícula
Resolveu cindir a discussão
E passou a falar de amor

O ardoroso cidadão
Gaguejou, balbuciou
Pensou, pensou, pensou... ...
E voltou a falar de humor

A tosca decisão
Causou irritação na cidadã
Que optou por chorar
E a ele, ignorar